China e Camboja avançarão em cooperação e laços
O presidente chinês, Xi Jinping, acompanhado pelo rei cambojano, Norodom Sihamoni, assiste a uma cerimônia de boas-vindas e inspeciona os guardas de honra antes das suas conversações em Phnom Penh, capital do Camboja, em 13 de outubro de 2016. (Xinhua/Yao Dawei)
Phnom Penh, 14 out (Xinhua) -- A China e o Camboja assinaram um comunicado conjunto na quinta-feira durante a atual visita do presidente chinês Xi Jinping ao país do Sudeste Asiático, prometendo intensificar ainda mais a cooperação bilateral e a amizade tradicional.
Durante sua visita, Xi se encontrou com o rei cambojano Norodom Sihamoni e o primeiro-ministro Hun Sen, respectivamente. Os dois lados conduziram profundas trocas de opiniões sobre um maior aprofundamento da parceria cooperativa estratégica abrangente bilateral, assim como questões internacionais e regionais de preocupação comum, e atingiram amplo consenso, disse o documento.
A China e o Camboja concordaram em acelerar o alinhamento da Iniciativa Cinturão e Rota e o 13º Plano Quinquenal, da China, com a Estratégia Retangular e a Política de Desenvolvimento Industrial 2015-2025, do Camboja, enquanto trabalham para elevar o volume do comércio bilateral para US$ 5 bilhões em 2017, disse a declaração.
Um total de 31 documentos de cooperação foi assinado, cobrindo uma grande variedade de áreas, como economia, tecnologia, infraestrutura, esforços para controlar tráfico humano, cooperação tributária e marítima, entre outras. A China prometeu mais investimento e cooperação com o Camboja em tais áreas como energia, telecomunicação, agricultura, indústria e turismo.
O lado cambojano parabenizou a China por organizar com sucesso a Cúpula do Grupo dos Vinte (G20) em Hangzhou no último mês, e elogiou a contribuição ativa da China ao crescimento econômico global e ao desenvolvimento subregional.
Os dois países também concordaram em consolidar mais a coordenação sob marcos multilaterais, incluindo as Nações Unidas, a Reunião Ásia-Europa, a cooperação do Leste Asiático e o grupo de Cooperação Lancang-Mekong, enquanto se mantém a comunicação estreita e efetiva nos assuntos relativos aos principais interesses de cada um, disse o documento.
Os dois lados acreditam que a questão do Mar do Sul da China não é um problema entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático, que deve ser resolvida pacificamente por consultas e negociações amistosas entre os estados soberanos diretamente envolvidos.
Enquanto isso, a China reafirmou no documento seu apoio firme aos esforços cambojanos para manter a soberania nacional, independência e estabilidade política.
O Camboja também reiterou sua aderência à política de Uma Só China. Reconhecendo o governo da República Popular da China como o único governo jurídico que representa toda a China, o lado cambojano se opõe à "independência de Taiwan" em todas as formas enquanto afirma que Taiwan é uma parte inalienável do território chinês, disse o documento.
A China e o Camboja devem defender e continuar juntos sua amizade tradicional, criada e cultivada pelos líderes chineses e cambojanos de gerações anteriores, incluindo o presidente Mao Zedong, o primeiro-ministro Zhou Enlai e o rei-pai cambojano Norodom Sihanouk, a declaração disse.
Sob a nova situação internacional e regional, os dois países promoverão comunicação estratégica, aprofundarão a cooperação mutuamente benéfica e enriquecerão constantemente sua parceria cooperativa estratégica abrangente, para servir melhor a seus povos e contribuir para a paz, a estabilidade e a prosperidade da região e do mundo inteiro em geral, disse.
Xi chegou ao país no meio-dia da quinta-feira para uma visita de Estado, sua primeira viagem à nação do Sudeste Asiático como o presidente. Em 2009, ele fez uma visita oficial ao reino como vice-presidente.