Ministro do Comércio chinês faz propostas sobre desenvolvimento do Fórum de Macau (II-Fim)
Gao reconheceu que, os resultados obtidos nos trabalhos do Fórum de Macau se devem principalmente à persistência do conceito de cooperações com base em igualdade, benefício mútuo, inclusividade e partilha, à ênfase do papel de laço do intercâmbio pessoal para o desenvolvimento econômico e comercial, bem como ao desempenho do papel de Macau como plataforma.
Gao fez uma proposta de 4 pontos sobre como implementar os consensos acordados por líderes e estreitar ainda mais as cooperações entre a China e os PLPs.
Primeiro, implementar os consensos atingidos por líderes e promover positivamente as cooperações pragmáticas. Devem se implementar seriamente os consensos acordados por líderes dos países envolvidos no âmbito do mecanismo do Fórum de Macau e acelerar sua transformação em medidas pragmáticas, para elevar plenamente o nível de cooperações econômicas e comerciais entre a China e os PLPs.
Segundo, tomar medidas efetivas para promover a facilitação do comércio e investimento. Na área de comércio, é preciso reforçar cooperações em termos de aduana, inspeção sanitária, reconhecimento de critérios, bem como promover positivamente a vigência mais acelerada do Acordo de Facilitação do Comércio da OMC, para coordenar as posições e intensificar as cooperações no comércio multilateral. Na área de investimento, a parte chinesa irá continuar a apoiar suas empresas a investirem nos países lusófonos, encorajar as empresas chinesas e dos países lusófonos a desenvolverem cooperações de investimentos com recursos do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, além de apoiar Macau a estabelecer um mecanismo de cooperação entre as empresas dos países participantes para promover um maior desenvolvimento de cooperação de investimentos entre a China e os PLPs.
Terceiro, apoiar positivamente o desenvolvimento socioeconômico dos países lusófonos da Ásia e África. É necessário apoiar a concretização da industrialização, o combate à pobreza e a melhoria do meio ambiente pelos países lusófonos da Ásia e África através da implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. A cooperação na capacidade produtiva com os países lusófonos deve ser aprofundada, além do apoio aos países lusófonos da Ásia e África para capacitar recursos humanos, melhorar condições da saúde, reforçar intercâmbios de tecnologias agrícolas e cooperar na proteção ambiental.
Quarto, intensificar ainda mais o papel de Macau como plataforma. Continuará a apoiar Macau a construir a plataforma de serviços para cooperações comerciais entre a China e os PLPs, para oferecer melhores serviços ao intercâmbio pessoal, cooperação em comércio, investimento e regional.
Compareceram à Conferência e fizeram discursos o ministro da Economia de Angola, Abrahão Gourgel; o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Antônio Pereira; o ministro da Economia e Emprego de Cabo Verde, José Gonçalves; o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Henrique Horta dos Santos; o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Carlos Mesquita; o ministro da Economia de Portugal, Manuel Cabral; o ministro de Estado do Timor Leste, Estanislau da Silva; o secretário para a Economia e Finanças do Governo da RAEM, Dr. Leong Vai Tac.
No fim da Conferência, as partes envolvidas firmaram o Plano de Ação para a Cooperação Econômica e Comercial 2017-2019 e o Memorando de Entendimento sobre a Promoção da Cooperação na Capacidade Produtiva.