Discurso do chefe da RAEM no jantar de boas-vindas da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau
Beijing, 11 out (Xinhua) -- Segue o texto completo do discurso do chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, Chui Sai On, fez no jantar de boas-vindas da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, realizado em 10 de outubro.
Excelentíssimo Senhor Conselheiro de Estado, Yang Jing,
Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses de Pina Correia e Silva,
Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá,
Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário,
Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa,
Excelentíssimo Senhor Ministro da Economia de Angola, Abrahão Gourgel,
Excelentíssimo Senhor Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira,
Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado de Timor-Leste, Estanislau Aleixo da Silva,
Excelentíssimo Senhor vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Ho Hau Wah
Caros Convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores:
Boa noite! Por ocasião da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), permitam-me, em primeiro lugar, e em nome do governo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, que dê as sinceras boas vindas e que enderece calorosas congratulações e cumprimentos a todos os ilustres convidados e amigos pela vossa presença.
Treze anos passaram desde a realização da primeira edição da Conferência Ministerial do Fórum de Macau. Ao longo destes 13 anos, os países participantes sempre regeram a sua actuação, no contexto dos Planos de Acção celebrados nas várias edições, pelos princípios da igualdade e dos benefícios mútuos, da complementaridade de vantagens e da multiplicidade de formas de cooperação, tendo conseguido expandir os âmbitos de cooperação, diversificar as formas de cooperação e alcançar sucessos. A plataforma de serviços do Fórum de Macau tem mostrado ser, cada vez mais, pragmática e eficiente, desempenhando um papel insubstituível. O governo da RAEM sente-se particularmente honrado por ser a entidade organizadora desta Conferência Ministerial, bem com das anteriores edições. Este facto representa, não só, um sinal da confiança que o governo central deposita em Macau, mas está também associado ao forte apoio dos países de língua portuguesa. Valorizamos esta oportunidade e envidamos todos esforços para bem desempenhar essa missão.
No passado mês de Setembro, a Cimeira dos Líderes do G20 realizada com sucesso em Hangzhou, e encerrada com o Consenso de Hangzhou, mostrou ao mundo a visão de uma economia mundial inovadora, dinamizada, interligada e inclusiva. O consenso a que se chegou nesta Cimeira irá abrir novos horizontes e caminhos para o aprofundamento do debate sobre o tema a que se subordina esta edição do Fórum.
A estratégia "Uma Faixa e Uma Rota", implementada pela China, mereceu o reconhecimento da sociedade internacional, tendo vindo a registar um crescente número de países que a ela pretendem aderir, e o avanço e os resultados obtidos ultrapassaram todas as expectativas. Foi com base na experiência acumulada e com uma firme confiança que, trilhando um caminho seguro, o País criou esta plataforma de cooperação e de partilha, para benefício dos povos ao longo de "Uma Faixa e Uma Rota".
O fim último do Fórum de Macau e a lógica subjacente à estratégia "Uma Faixa, Uma Rota" são semelhantes. Os países participantes no Fórum de Macau podem aproveitar estas oportunidades trazidas pela estratégia "Uma Faixa, Uma Rota" para aprofundar as suas interconexões e desenvolver uma cooperação pacífica e de benefícios mútuos.
O desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau, ao longo de 16 anos, é o exemplo das vantagens da implementação dos princípios "Um País, Dois Sistemas", "Macau governado pelas suas gentes" com alto grau de autonomia, que conjugadas com as vantagens únicas de Macau e com as resultantes da sua inserção nesta Região, permitirão um desenvolvimento mais estável e um futuro mais próspero para Macau.
O governo da RAEM elaborou e implementou, este ano, em articulação com a estratégia de desenvolvimento do Décimo Terceiro Plano Quinquenal Nacional, o seu primeiro "Plano de Desenvolvimento Quinquenal", que tem como prioridades a participação de Macau na estratégia nacional "Uma Faixa, Uma Rota" e a construção da "Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa", e o seu papel orientador e coordenador ficou institucionalizado com a criação da Comissão para o Desenvolvimento da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O governo da Região Administrativa Especial de Macau está determinado e habilitado para, em conjunto com a população, dar firme prosseguimento aos lemas da governação - "servir melhor os cidadãos" e a "tomada de decisão política baseada em critérios científicos", desenvolver a economia, melhorar a qualidade de vida da população, promover a democracia e fomentar uma governação harmoniosa, integrar-se no desenvolvimento do País, reforçar a cooperação internacional, aumentar a competitividade, em prol do desenvolvimento e do progresso comuns de Macau e do País.
Por último, desejo votos do maior sucesso a esta 5.a Conferência Ministerial do Fórum de Macau.
Agora, e antes de concluir, peço a todos que me acompanhem num brinde:
- À saúde do Senhor Conselheiro de Estado Yang Jing e dos Senhores Chefes de governo,
- À saúde de todos os convidados e amigos presentes,
- Ao sucesso desta Conferência Ministerial,
- À prosperidade da Pátria e ao futuro brilhante de Macau.
Viva!
Obrigado a todos.