China dá exemplo no combate à extrema pobreza, diz Banco Mundial

2016-10-03 19:29:52丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 3 out (Xinhua) -- O sucesso da China na redução da pobreza teve repercussão global e pode ser um exemplo para o restante do mundo na luta contra a extrema pobreza, indicou uma importante funcionária do Banco Mundial (BM).

"Muito do sucesso na redução da pobreza mundial foi verdadeiramente impulsionado pelo êxito incrível da China nesse campo", disse Ana Revenga, diretora sênior da Prática Global sobre Pobreza e Equidade do BM, em uma teleconferência sobre o relatório Pobreza e Prosperidade Compartilhada 2016.

Esse levantamento do BM publicado no domingo mostrou que cerca de 800 milhões de pessoas viviam com menos de US$ 1,9 por dia em 2013, quase 100 milhões a menos na extrema pobreza que em 2012.

De acordo com o relatório, de 1990 a 2013, a extrema pobreza caiu de 35% a 11% da população mundial.

O combate avançou mais por causa da Ásia Oriental e Pacífico, especialmente China, Indonésia e Índia, acrescentou.

Apesar das boas notícias, "não devemos ter complacência", declarou Francisco Ferreira, conselheiro sênior para Pesquisa de Desenvolvimento do BM.

O relatório mostrou que metade das pessoas na extrema pobreza se concentrava na África subsariana e um terço,no sul da Ásia.

Segundo o BM, mesmo com as situações otimistas de crescimento sem aumentos na desigualdade, o mundo será incapaz de alcançar a meta de acabar com a extrema pobreza até 2030; o objetivo é reduzi-la de 12,4% da população mundial em 2012 para 3% naquele ano.

Em 34 dos 83 países monitorados, as disparidades de renda aumentaram, pois o ganho cresceu mais rápido entre os 60% das pessoas mais ricas ante os 40% das mais pobres, embora a desigualdade dentro dos países venha caindo em muitos lugares desde 2008.

O BM pediu que as nações adotem políticas para incentivar crescimento e permitir às pessoas mais pobres ter educação infantil, cobertura universal de saúde, acesso geral à educação de qualidade, construção de infraestrutura rural, tributação progressiva e transferências de renda para as famílias pobres.

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