Fricções nas relações econômicas China-EUA são normais, diz premiê chinês
Nova York, 22 set (Xinhua) -- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse na terça-feira que as fricções representam apenas uma pequena parte nas relações econômicas entre seu país e os Estados Unidos e pediu que os dois países ampliem o interesse comum e dirijam de forma apropriada as diferenças.
Li fez a declaração em um jantar de boas-vindas oferecido pelo Clube Econômico da Nova York.
Quando o comércio e investimento bilaterais crescem de quase nada a seu enorme volume atual, é inevitável que surjam as fricções, afirmou Li, que se encontra na Nova York para participar de uma série de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) e para interactuar com um amplo espectro de americanos.
As fricções não são o elemento dominante nas relações econômicas China-EUA, mas apenas uma parte menor da cooperação, indicou o primeiro-ministro chinês diante de cerca de 1.000 representantes de elite das empresas norte-americanas.
No entanto, não devem ser ignoradas e as duas partes devem trabalhar para resolver suas diferenças antes de que se propaguem a outras áreas da relação, indicou Li.
Sobre o ambiente de negócios da China, Li afirmou que, embora as queixas de alguns empresários americanos o impressionaram, também leu um relatório do Conselho de Negócios EUA-China que conta uma história diferente.
Em seu estudo anual, o conselho descobriu que 90% das empresas americanas que operam na China são rentáveis, mais do que os 85% em 2014.
O primeiro-ministro chinês também se referiu ao crescente investimento das empresas norte-americanas na China.
A China continua trabalhando para melhorar seu ambiente de negócios para as empresas estrangeiras, acrescentou Li.
Como parte de sua campanha integral para uma maior abertura, a China simplificou os procedimentos para o investimento externo, indicou.
O encontro teve lugar depois de que o primeiro-ministro se reuniu com o presidente norte-americano, Barack Obama, em Nova York. Nessa reunião, Li pediu esforços consertados para promover as relações econômicas e comerciais entre as duas principais economias do mundo.
A cooperação econômica e comercial é a "pedra angular" e o "propulsor" das relações sino-americanos, disse o primeiro-ministro durante suas negociações.
Elevar a cooperação China-EUA é benéfico para os interesses fundamentais dos dois povos e o desejo comum da comunidade mundial, afirmou. Além disso, expressou o desejo da China de aprofundar a cooperação bilateral, regional e global em diversas áreas.
Por outro lado, Obama reiterou que seu país apoia o processo de reforma da China e que espera que as duas partes possam obter um maior progresso nas negociações do tratado de investimento bilateral.
Li assistiu ao debate geral da 71ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira antes de viajar ao Canadá para continuar sua viagem, que também incluirá Cuba.