China publica plano nacional para implementação da agenda de desenvolvimento sustentável da ONU
O premiê chinês, Li Keqiang, preside uma mesa redonda sobre as Metas de Desenvolvimento Sustentável (MDS), na qual a China divulgou seu plano nacional para a implementação da Agenda 2030, na sede das Nações Unidas em Nova York, em 19 de setembro. (Xinhua/Li Tao)
Nações Unidas, 19 set (Xinhua) -- A China divulgou na segunda-feira seu plano nacional para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável na sede das Nações Unidas em Nova York.
O plano nacional foi divulgado pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, quando presidiu uma mesa redonda sobre as Metas de Desenvolvimento Sustentável (MDS).
O plano é composto por cinco partes, incluindo os êxitos da China e sua experiência sobre a implementação das Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), os desafios e as oportunidades, os princípios de direção, a agenda e os planos detalhados sobre a execução das MDS.
Como o primeiro plano nacional que especifica diversos domínios e as medidas concretas orientadas a metas, o plano expõe de maneira integral a política de desenvolvimento da China e seus esforços para ajudar outros países em desenvolvimento a promover o processo da implementação global.
Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável para o povo, o planeta, a paz, a prosperidade e a parceria.
Li assegurou na mesa redonda que a meta final da modernização chinesa consiste em ajudar seus mais de 1,3 bilhão de habitantes a ter uma vida próspera.
Nos últimos 15 anos, a China esteve na frente dos esforços mundiais para realizar as MDMs, ao tirar quase 400 milhões de pessoas da pobreza, reduzir a mortalidade dos menores de cinco anos em dois terços e a das mulheres grávidas em três quartos, assinalou Li, acrescentando que a China cobriu a maior rede de previdência social e atendimento a maiores do mundo.
Ao mesmo tempo, a China incluiu a agenda em seus planos de desenvolvimento nacional, com o obejtivo de tirar toda a população pobre da pobreza antes de 2020, dez anos antes do programado, disse o primeiro-ministro chinês.
A China também tem como objetivo alcançar as metas em outras áreas principais incluindo agricultura, saúde, educação e crescimento econômico antes de 2030, de acordo com Li.
Como um país em desenvolvimento responsável, a China participou ativamente da cooperação internacional sobre o desenvolvimento e continuará contribuindo para a cooperação Sul-Sul, indicou Li.
O fundo de assistência para a cooperação Sul-Sul, iniciado pela China, e o Fundo de Paz e Desenvolvimento China-ONU entrarão em operação formal no fim de 2016, antecipou o chefe do governo chinês, destacando que a Academia de Cooperação Sul-Sul e Desenvolvimento, proposta por Beijing, tem inscrito o primeiro grupo de estudantes.
Com o objetivo de apoiar um maior papel da ONU na implementação da Agenda 2030, a China prometeu uma doação de US$ 100 milhões mais em assistência anual às agências de desenvolvimento da ONU em 2020, em comparação com a quantidade doada em 2015, disse Li.
Também anunciou que a doação da China ao Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária subirá para US$ 18 milhões nos próximos três anos.
A mesa redonda, organizada pelo governo chinês, contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, e líderes de 16 organizações internacionais.