China fornecerá US$ 100 milhões em ajuda humanitária adicional para refugiados
O premiê chinês, Li Keqiang, discursa na Cúpula para Refugiados e Migrantes da atual Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York dos EUA, em 19 de setembro. (Xinhua/Li Tao)
Nações Unidas, 20 set (Xinhua) -- O premiê chinês, Li Keqiang, disse segunda-feira em Nova York que a China fornecerá US$ 100 milhões em ajuda humanitária adicional para ajudar a solucionar os problemas provocados pelo movimento massivo de refugiados e migrantes.
A ajuda, acrescentada às promessas anteriores do país, irá para os países e organizações internacionais pertinentes.
Li fez a declaração ao discursar na Cúpula para Refugiados e Migrantes da atual Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que abriu na semana passada.
O movimento grande de refugiados e migrantes concerne a paz e o desenvolvimento global, afeta a estabilidade regional e pode causar sérias preocupações políticas, sociais e de segurança, disse o primeiro-ministro.
"Estamos comprometidos a assumir nossas responsabilidades compatíveis com nossas habilidades, e isto é um ato de justiça", ressaltou.
"Nós fizemos o que podemos para ajudar, mesmo quando a China era pobre", disse, acrescentando que "agora a China fez grande progresso em sua economia, mas ainda somos um país em desenvolvimento".
A China está ponderando mais medidas de apoio, considerando destinar uma parte do fundo China-ONU de paz e desenvolvimento para apoiar os países em desenvolvimento em seus esforços de lidar com os assuntos relativos com refugiados e migrantes, disse Li.
A China também procurará ativamente trabalhar com instituições internacionais e países em desenvolvimento em cooperação trilateral, acrescentou.
O assunto de refugiados e migrantes é uma crise humanitária, testando a consciência humana, apontou o primeiro-ministro.
O problema não só afeta o desenvolvimento dos países envolvidos, põe a paz e a estabilidade regionais em risco, mas também atrasa a recuperação econômica global, influencia a ordem internacional, e deixa oportunidades para os terroristas, manifestou.
Ao observar que a questão de refugiados e migrantes é global que "nenhum país pode ficar imune", o primeiro-ministro pediu à comunidade internacional que "aja fortemente para responder".
"Estamos vivendo em um vilarejo global, cada vida é preciosa, e a dignidade de todas as pessoas merece defesa", disse.
Ao prestar atenção à crise de refugiados na Europa, a mesma atenção deve dada à Síria, Afeganistão, Somália, Sudão do Sul e outros países, acrescentou.
O premiê chinês pediu uma cooperação internacional aprimorada para lidar com o assunto e enfatizou a importância de formular e implementar uma solução abrangente sob o marco da ONU.
Ele também sublinhou o papel coordenador da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) para solucionar o assunto relativo a refugiados e migrantes.
Li enfatizou a "mobilização de fundos e alívio para garantir a necessidade diária básica dos refugiados" como a máxima prioridade e pediu uma luta contra o tráfico de humanos e terrorismo.
Ao lidar com o assunto, "a história e as circunstâncias nacionais devem ser levadas em consideração, e cada um deve assumir suas responsabilidades respectivas", opinou o primeiro-ministro.
O problema não pode ser solucionado sem os esforços dos países originários da questão de refugiados e migrantes, disse.
Enquanto observa que essa é a primeira reunião da ONU sobre o movimento grande de refugiados e migrantes desde a fundação do bloco, Li espera que a reunião seja um novo começo para todas as partes atingirem consenso e se juntarem para solucionar o assunto.