Presidente brasileiro dá boas-vindas aos empresários chineses para que invistam em seu país
Shanghai, 3 set (Xinhua) -- O novo presidente brasileiro, Michel Temer, manifestou na sexta-feira em Shanghai que a política brasileira está estabilizando-se, a economia recuperando-se e a confiança empresarial melhorando e que o Brasil dá boas-vindas aos empresários chineses para que invistam no país latino-americano.
Temer fez as declarações ao participar do Seminário de Negócios de Alto Nível Brasil-China.
Michel Temer assumiu a presidência brasileira em 31 de agosto e está realizando sua primeira visita à China para participar da Cúpula do G20 nos dias 4 e 5 de setembro na cidade oriental de Hangzhou. Ele foi durante muitos anos presidente da parte brasileira do "Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil".
"A China é a parceira mais necessária do Brasil na atual etapa. Os dois países superaram a distância da barreira geográfica e estabeleceram uma profunda amizade, e espero que as empresas chinesas invistam no Brasil para promover relações mais estreitas de cooperação econômica e comercial", disse o mandatário brasileiro ante mais de 100 empresários chineses presentes no seminário.
"Necessitamos da cooperação e apoio da China. Acreditamos que é muito importante fortalecer a cooperação estratégica com a China, tanto o governo como a comunidade empresarial do Brasil", sublinhou Temer, acrescentando que "temos de aproximar os interesses estratégicos de ambos os países".
No evento, as empresas chinesas e brasileiras assinaram dez acordos de cooperação, que abrangem as áreas de energia elétrica, aviação, agricultura, finanças, aço e automóveis de nova energia.
Especialistas acreditam que os acordos estabeleceram uma boa base para promover ainda mais a cooperação entre a China e o Brasil, que experimentará um importante desenvolvimento no comércio e investimento no futuro.
A China e o Brasil têm uma longa tradição de cooperação no âmbito da agricultura. Quatro companhias, incluindo Da Kang, Haitong Valores e Brasil Fiagril, assinaram um convênio para estabelecer um fundo de investimento de desenvolvimento agrícola no valor de 1 bilhão, concentrando-se no investimento no desenvolvimento agrícola e infraestruturas no Brasil.
Xie Tao, presidente da Companhia Internacional de Agricultura e Alimentação Da Kang de Hunan, disse que a China e o Brasil são altamente complementares em agricultura, o Brasil é rico em cereais, e se formou um grupo de pessoal de gerência corporativa no país sul-americano nas últimas quatro décadas. Além disso, o Brasil é um dos maiores destinos de investimentos estrangeiros.
O ministro da Fazenda brasileiro, Henrique Meirelles, assinalou que o Brasil é o oitavo maior mercado de consumo do mundo, e seu mercado interno ainda está em expansão. Pode-se investir em consumo de bens e serviços, construção de infraestruturas e exploração de reservas mineiras e petróleo em alto mar, entre outros, mencionou.
Por sua parte, o prefeito de Shanghai, Yang Xiong, destacou que a cooperação entre a China e o Brasil estabelece um modelo de cooperação Sul-Sul.
"A cooperação entre a China e o Brasil conta com uma sólida base e está desenvolvendo-se favoravelmente", disse.
"Vamos criar um melhor ambiente e condições mais convenientes para apoiar ativamente as empresas de Shanghai a participar do desenvolvimento do Brasil. Ao mesmo tempo, as empresas brasileiras também estão convidadas a se dedicar à construção da Zona de Livre Comércio e Centro de Inovação Tecnológica de Shanghai, com o objetivo de fazer maiores contribuições ao impulso da amistosa cooperação sino-brasileira", indicou Yang.