China busca inclusão de finanças ecológicas em agenda do G20
Hangzhou, 2 set (Xinhua) -- Pela primeira vez, finanças ecológicas são incluídas na agenda da cúpula do Grupo dos Vinte (G20) graças aos esforços, principalmente da China, para que o setor financeiro contribua mais para o crescimento econômico ecologicamente correto em torno do mundo.
Depois que a China assumiu a presidência do G20 no ano passado, agiu rapidamente para tornar finanças ecológicas um dos principais tópicos na cúpula, que deve ocorrer em 4 e 5 de setembro na cidade de Hangzhou, no leste da China.
A China propôs a criação do Grupo de Estudo de Finanças Ecológicas do G20, liderado pelos bancos centrais da China e da Grã-Bretanha e que desenvolveu um relatório de síntese no tema para a deliberação na Cúpula de Hangzhou.
O relatório esclarece a definição e o escopo das finanças ecológicas, identifica os desafios enfrentados a esse respeito e fornece opções voluntárias para os países apoiarem a transição para um modelo de crescimento ecológico e de baixo carbono, disse Yi Gang, vice-presidente do Banco Popular da China (BPC), o banco central.
As finanças ecológicas pretendem fazer das atividades de financiamento mais ecológicas, reduzir a poluição e emissões de gás produtor do efeito estufa e aumentar a eficiência do uso de energia, afirmou Yi.
Na quarta-feira, o BPC e diversos ministérios chineses divulgaram uma diretriz para estabelecer um mecanismo de finanças ecológicas para facilitar a transição da economia para o crescimento sustentável, fazendo da China o primeiro país do mundo com um sistema relativamente completo de finanças ecológicas.
A diretriz quer incentivar mais capital privado para os setores ecológicos e obstaculizar investimento que pode poluir o ambiente, visto que o crescimento ecológico faz agora parte da estratégia de desenvolvimento da China para o período 2016-2020.
A China está fazendo muito mais do que apenas discutir o tema, disse Yi, observando que o país está bem na frente de muitos outros neste respeito.
Nos primeiros sete meses de 2016, a emissão de bônus ecológicos da China atingiu 120 bilhões de yuans (US$ 18 bilhões), respondendo por cerca de 40% do total do mundo durante o mesmo período, segundo os dados.
"Como o mundo está atualmente enfrentando desafios ambientais severos, desenvolver finanças ecológicas não só melhorará o ambiente global mas também mobilizará mais investimentos para os setores ecológicos, o que será favorável para elevar o potencial do crescimento da economia mundial", disse Yi.
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