Mídia Argentina destaca acolhimento chinês na Cúpula do G20

Buenos Aires, 30 ago (Xinhua) -- A mídia Argentina destacou nesta terça-feira o papel da China como anfitrião da próxima Cúpula do grupo dos 20 (G20), com o presidente Mauricio Macri disse que levará a mensagem de que o seu país está preparado "trabalhar em conjunto" com os colegas membros do bloco.

Apenas algumas horas antes de sua partida, Macri disse aos repórteres que ele iria assistir a reunião de 4 e 5 de setembro em Hangzhou "com humildade”.

"Vou dizer-lhes que os argentinos compreendem que o nosso futuro depende de nós e da nossa capacidade de trabalhar em conjunto. Já não vamos ir a estas reuniões para dizer-lhes o que eles têm que fazer, mas humildemente dizer-lhes que queremos trabalhar juntamente com eles", disse Macri.

Enquanto isso, o diário La Nación disse num artigo intitulado "China toma o centro das atenções novamente," escreve que "o gigante asiático quer relançar o fórum e dar países emergentes um papel mais importante".

"A contagem regressiva começou: em cinco dias a China desempenhará o papel de anfitrião aos chefes de estado e de governo do G20, uma espécie de clube internacional que concentra 85 por cento do PIB mundial, 80 por cento do comércio (global) e dois terços da população do planeta", escreveu o autor.

O artigo, na sessão de negócios do diário, reportou sobre um seminário oferecido pelo embaixador da China para Argentina Yang Wanming sobre as "oportunidades e desafios para a cooperação Sul-Sul no âmbito do G20", que foi organizado pela embaixada em conjunto com o Centro para a Implementação de Políticas Públicas para a Equidade e Crescimento (CIPPEC ).

No seminário, o embaixador destacou os temas centrais da cúpula - incluindo a busca de um novo caminho para o crescimento, a concepção de governação financeira global eficaz e promoção do desenvolvimento inclusivo - e ressaltou a necessidade de consensos para avançar em qualquer um desses problemas.

Enquanto a reunião das 20 maiores economias do mundo está definida para debater problemas como o abrandamento econômico global e a instabilidade do mercado financeiro, o diário disse que "é evidente que a Cúpula é uma oportunidade excepcional para a China reafirmar sua liderança econômica e política global."

O embaixador Yang afirmou que as economias emergentes da China e da América Latina, como Argentina, Brasil e México, "têm posições semelhantes em relação a questões internacionais relacionadas com a governação econômica e financeira global."

"Estamos dispostos a reforçar a comunicação e a coordenação de políticas com as economias emergentes como a América Latina no âmbito do G20, para adquirir o direito a uma voz maior e maior poder institucional e injetar nova vitalidade na cooperação Sul-Sul", disse Yang.

De acordo com o diário, " faltando poucos dias para a Cúpula, o G20 está moldando uma vitrina excepcional para a China reforçar sua liderança global."

Argentina é a anfitriã da Cúpula do G20 em 2018.