Entrevista: Cúpula do G20 precisa coordenar os esforços nacionais para promover a inovação, o crescimento, diz especialista
Bruxelas, 30 ago (Xinhua) -- Para promover o crescimento orientado em inovação para a economia global, a próxima Cúpula do G20 precisa coordenar os esforços nacionais e compartilhar as melhores práticas, disse um especialista em política externa a Xinhua, em uma entrevista recente.
Balazs Ujvari, pesquisador no Instituto Royal Egmont de Relações Internacionais, disse que em paralelo aos temas da Cúpula do G20, finanças e comércio, há um foco especial na inovação como força motriz do crescimento.
"Colocando a inovação como a principal prioridade na agenda do G20, a China tenta assegurar que o crescimento em todos os países do G20 (economias) é cada vez mais dirigido pela inovação", disse.
Ujvari disse que é importante incentivar os membros a melhorarem o seu ambiente doméstico para apoiar a inovação.
Em 4 e 5 de setembro, líderes do grupo dos 20 (G20) vão reunir-se em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, China, à procura de soluções para a lenta recuperação da economia global.
A China escolheu tema principal da Cúpula do G20: "Em direção a uma economia mundial inovadora, revigorada, interligada e inclusiva".
O especialista disse que no mercado interno, a China já atuou nesse sentido. A província de Zhejiang, anfitriã da Cúpula do G20, por exemplo, é lar de algumas das empresas mais inovadoras da China como a Alibaba e Geely, apontou Ujvari.
No entanto, qualquer ação que visa tornar os ambientes domésticos mais favoráveis à inovação tem de ser feito a nível nacional, frisou, acrescentando que as opiniões podem variar no modus operandi.
"O G20 em Hangzhou pode servir para os esforços nacionais coordenarem e partilharem as melhores práticas", disse ele, "é uma oportunidade para a China estimular os participantes a fazerem abordagens conjuntas."
Enquanto isso, Ujvari, cuja área de pesquisa concentra-se na governação global e nas abordagens dos principais atores internacionais para questões multilaterais, disse que a China sugeriu alinhar inovações com o compromisso antigo fazem pelos membros do G20.
Na reunião do G20 em 2014, em Brisbane, Austrália, os membros tiveram como objetivo elevar o PIB do G20 em 2 pontos percentuais em 2018.
"A China pode iniciar um inquérito sobre se os 20 membros estão cumprindo o objetivo, a fim de garantir que as estratégias de crescimento estão centradas na inovação", disse.
No entanto, dado que as políticas de inovação tendem a produzir resultados a longo prazo, contrastando com o foco do G20, até agora, na gestão de crise imediata, o desafio fundamental para as principais economias residirá em um expediente de equilíbrio com opções políticas, disse Ujvari.
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