MNE argentina elogia política de desenvolvimento da China como "consistente, coerente, a longo prazo"

Buenos Aires, 29 ago (Xinhua) -- A ministra argentina de Negócios Estrangeiros, Susana Malcorra, elogiou nesta segunda-feira a política de desenvolvimento da China classificando-a de "consistente e coerente a longo prazo".

Falando num seminário realizado na Bolsa de Valores de Buenos Aires, sobre o papel da China na indústria latino-americana, Malcorra disse que o gigante asiático tem feito progressos notáveis nas últimas três décadas de acordo com seus próprios programas de desenvolvimento.

"Enquanto na década de 1980, o PIB (produto interno bruto) da América Latina ultrapassou o da China em 150 por cento, em 2013 representou 60 por cento do PIB chinês," disse Malcorra, que vai viajar para a China na quarta-feira, acompanha do Presidente Mauricio Macri para participar da Cúpula do grupo dos 20 (G20).

A 11ª Cúpula do G20 vai ser realizada entre os dias 4 e 5 de setembro, a leste da China, na cidade de Hangzhou, sob o tema “Rumo a uma Economia Mundial Inovador, Envigorada, Interligada e Inclusiva".

A ministra apelou a maiores esforços para compreender e aprender "o que significa ter laços com a China, um país que dispõe de planos para o longo prazo."

"A China é consistente e coerente a longo prazo. A segurança alimentar é uma das grandes questões que diz respeito a muitas regiões do mundo, incluindo a China, e que é uma oportunidade para a região", disse Malcorra.

"Se começamos a entender suas perspetivas a longo prazo, talvez nós possamos forjar uma posição na região que irá facilitar o relacionamento", disse.

A China é o segundo maior parceiro de comércio da Argentina, depois do Brasil e o principal destino de exportação de produtos agrícolas, e os dois países têm elevados laços ao nível de uma ampla parceria estratégica.

No mesmo evento, Lucio Castro, Secretário da transformação produtiva no Ministério da Produção, também sublinhou os laços bilaterais com o país asiático, afirmando que "a China é um parceiro importante, essencial, da Argentina."

"Como Presidente Mauricio Macri observou, atravessamos uma nova etapa, marcada por um comércio mais equilibrado", disse Castro.

"A relação com a China é importante, porque o plano produtivo nacional aponta para uma inserção inteligente no mundo, tendo o cuidado de emprego, e porque o foco do plano é tentar romper com um esquema de crescimento baseado em crises, ajustes na moeda de troca ao invés de competitividade", disse Castro.

"A China apresenta um desafio e uma oportunidade para a Argentina, devido à sua mudança estrutural de uma economia orientada para a exportação para um orientado para o consumidor", concluiu Castro.