Entrevista: Presidência do G20 pela China é oportuna: especialista australiana
Sydney, 29 ago (Xinhua) -- A presidência da China, do grupo dos 20 (G20), é oportuna dado a onda anti-globalização que está varrendo mercados desenvolvidos, disse um eminente economista à Xinhua.
A narrativa econômica global vem se movendo lentamente para la do objectivo das vinte economias do G20, de forte crescimento sustentavel e equilibrado,levando a um continuo sentimento de desigualdade, de baixo crescimento global e de inconstancia no mercado de trabalho.
Peter Drysdale, professor emérito de economia e chefe do East Asian Bureau of Economic Research na Universidade Nacional Australiana (ANU), disse à Xinhua que o movimento anti-globalização impactará nos resultados econômicos, a menos que "os líderes do G20 assumam uma posição clara e inequívoca em manter a economia mundial aberta ao fornecimento de orientação para o crescimento."
"Acho que é muito oportuno que a Presidência da China do G20 chega neste ano", disse Drysdale.
Os pessimistas tem estado preocupados com uma forte desaceleração na transição da China para uma base de consumo ciclico em torno da economia mundial, chegando ao ponto de sugerir as economias a diminuir a sua dependência da China para o crescimento.
No entanto, o pensamento de que o crescimento global seria mais fácil de gerir se não houvesse nenhuma dependência da China não é viável, disse Drysdale, acrescentando que a China "aparece como uma ilha de estabilidade e crescimento na economia global e não uma área de incerteza".
"Se você olhar para a China na próxima década, mesmo em um cenário de crescimento lento, (China) irá adicionar mais para a economia global do que a Índia, Japão, e o resto da Ásia juntos", disse Drysdale, sublinhando numa escala relativa a importância da China na economia global.
"Os fautores de política econômica concentram-se em aproveitar ao máximo essa oportunidade com a China a fim de apoiar a economia global contra os ventos contrários a anti-globalização do velho mundo industrial".
"Há o risco, no entanto, de a anti-globalização voltar a ter lugar apos a eleição presidencial dos EUA, em Novembro, onde ambos os candidatos para presidente dos Estados Unidos aumentaram sua retórica protecionista".
"Aqui é onde as questões de liderança da China (G20 importa, é aqui onde importa a nossa liderança coletiva na Ásia", disse Drysdale.
"Isso ainda é a área da economia global, que exerce o comércio aberto e estratégias de desenvolvimento, e (que) protegerá em certa medida um olhar para dentro na América do Norte e Europa”.
"Ele não protege totalmente contra (anti-globalização), mas se a China e o resto da Ásia comprometerem-se com essa estratégia, reafirmarem essa estratégia, então irá incentivar a Europa e a América do Norte a caminharem juntos."
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