Nova Análise: Participação do Egito no G20 busca acelerar sua economia em dificuldade
Cairo, 24 ago (Xinhua) -- O Convite da China para o Egito participar da Cúpula do Grupo dos 20 (G20), realizada em Hangzhou em setembro irá acelerar a economia em dificuldade do país do Norte da África, disseram especialistas do Egito.
“É uma grande chance para o Presidente do Egito Abdel-Fattah al Sisi ter mais discussões sobre como aumentar os investimentos no Egito,” disse à Xinhua Ahmed Wali, ex-assistente do Ministério das Relações Exteriores do Egito e especialista em economia.
O especialista disse que o convite é também uma mensagem cordial para a África, de que a cooperação entre os dois lados irá se desenvolver no futuro.
“Acredito que a Cúpula terá um importante papel nas economias em desenvolvimento da África,” ele afirmou.
Wali disse que o Egito se beneficiará mais, já que terá chance de realizar acordos econômicos com algumas das maiores economias do mundo.
Através de sua participação, o especialista disse, Sisi poderá apresentar os projetos econômicos do Egito e promover mais investimentos no seu país.
Um número recorde de países em desenvolvimento estão sendo convidados para a Cúpulado G20 de dois dias , já que a China busca uma economia mundial mais inclusiva.
O mecanismo do G20, como uma plataforma primária para cooperação econômica internacional, tem focado na coordenação monetária e de políticas fiscais entre os mais desenvolvidos no mundo, e as nações em desenvolvimento, em resposta à crise financeira global.
Mas após oito anos de lenta recuperação da crise financeira de 2008, a urgência pode ser sentida entre os membros do G20 por ações coletivas em aspectos mais fundamentais para a economia mundial.
Sendo assim, a China anunciou que apresentará um plano de crescimento orientado para a inovação na Cúpula deste ano para encontrar novos direcionamentos para o crescimento global através da construção de uma nova revolução industrial e da economia digital, estimulando o diálogo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“Irá fortalecer a governança e a economia mundial,” disse Wali.
Desenvolvimento é o tema do G20 neste ano, ele disse, e a China está fazendo muito para aumentar a economia dos países em desenvolvimento ao redor do mundo, especialmente na África.
“A China é muito influente na arena internacional e é um exemplo de sucesso seguido por muitas nações,” disse Wali. “A China busca a paz e a prosperidade para todos os países e irá fazer seu melhor para alcançar este objetivo no encontro.”
Wali disse que o encontro também é importante pois irá lidar com questões políticas, principalmente a intervenção Americana-Russa no Oriente Médio.
O especialista espera que muitos acordos de desenvolvimento, investimento e econômicos sejam firmados durante a Cúpula.
Enquanto isso, Diaa al-Fiqy, chefe da Câmara de Comércio China-Egito, disse que a Cúpula do G20 irá, pela primeira vez, focar em países em desenvolvimento.
Ele disse que unir as economias desenvolvidas e em desenvolvimentos irá contribuir para uma economia mais forte e inclusiva.
“Acredito que este acordo irá fortalecer a cooperação entre a Europa e países do Oriente Médio, que sofrem economicamente,” disse al-Fiqy.
O especialista baseado no Cairo disse à Xinhua que esta é a primeira vez que o Egito participa de encontros econômicos tão relevantes, o que reflete a visão da China e a confiança de que o Egito é uma economia promissora.
Além disso, al-Fiqy reafirmou que o mundo confia à China a habilidade de estimular a economia global e construir um novo sistema econômico mundial, pontuando que a Cúpula é sem dúvida uma oportunidade primária para retomar o crescimento global.
Comentando sobre os desafios encontrados pela China durante a Cúpula, al-Fiqy disse “que o maior desafio é a interferência política imprudente da América e de países do Ocidente em assuntos de outros países.”
Os EUA e aliados do Ocidente misturam política e economia em suas batalhas políticas com outros países, ele disse, adicionando que “isso tem notavelmente afetado a economia global.”
O especialista também disse que a Cúpula irá atacar o problema do terrorismo, já que o terror pode também ser confrontado e combatido com desenvolvimento e investimento.
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