Influência da China no G20 continua a crescer

2016-08-25 11:15:36丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 25 ago (Xinhua) -- Como membro fundador, a China participou de cada fase da história do G20, com suas contribuições continuando a crescer.

O mundo está agora observando como a China tomará a oportunidade para hospedar a Cúpula 2016 do G20 para promover o crescimento global e impulsionar reformas na governança global.

A próxima cúpula, a ser realizada na cidade chinesa de Hangzhou (leste), tem como contexto a elevada incerteza na economia global e o aumento do protecionismo em comércio e investimento.

O mundo está precisando de uma coordenação fortalecida na governança global para assegurar a estabilidade econômica global.

A China pode desempenhar um papel em reduzir o risco de conflito e espalhar o desenvolvimento econômico em torno do mundo, disse Ezra Vogel, professor emérito da Universidade de Harvard.

SABEDORIA ECONÔMICA DA CHINA

O G20 foi criado em 1999. Antes da crise financeira global em 2008, as reuniões do G20 dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais eram realizados para discutir assuntos financeiros e econômicos internacionais. Representantes chineses participaram de todas delas.

Em 2008, a primeira cúpula dos líderes do G20 foi realizada em Washington. Em setembro de 2009, a cúpula de Pittsburgh anunciou o G20 como o principal fórum para a cooperação econômica internacional.

Da primeira cúpula até a última em Antalya, Turquia em 2015, líderes chineses nunca foram ausentes, sempre tendo propostas construtivas sobre como lidar com crises financeiras e alcançar o crescimento global sustentado.

Os líderes chineses impulsionaram duro reformas em instituições financeiras internacionais, inovação em modelos de crescimento, macropolíticas coordenadas e uma economia mundial aberta.

Na cúpula de Antalya, o presidente chinês Xi Jinping disse que os membros do G20 devem definir suas prioridades de cooperação em desenvolvimento impulsionado pela inovação, cultivo de novas áreas de crescimento, e revitalização de comércio e investimento.

"A China é um dos maiores contribuintes para as estratégias de crescimento abrangentes do G20", disse Zhu Shuai, pesquisador do Centro Chinês para Desenvolvimento da Indústria de Informação.

"O mecanismo do G20 está mudando, de lidar com crises para governança a longo prazo, e de políticas cíclicas para as estruturais. A China ajudará o G20 a se transformar tranquilamente, deste modo consolidando seu status como uma principal plataforma para a governança econômica global."

FORÇA MOTRIZ DO CRESCIMENTO GLOBAL

O papel crescente da China no G20 é apoiado por sua contribuição significativa à economia global e suas políticas e iniciativas voltadas para benefícios para todos.

Entre 2009 e 2011, a China contribuiu com mais de 50% do crescimento econômico global. O número agora permanece acima de 30% apesar da moderação do crescimento econômico do país.

A China tem a confiança e a competência de sustentar uma taxa de crescimento média a alta e de continuar a criar oportunidades de desenvolvimento para outros países, Xi disse na cúpula de Antalya.

Práticas da China, como a atual reforma estrutural no lado de oferta, oferecem inspiração para o mundo.

Além disso, nos últimos anos as iniciativas da China, como a do Cinturão e Rota, contribuíram cada vez mais para a recuperação econômica global e o desenvolvimento.

Mais de 100 países e organizações internacionais participaram da iniciativa; uma rede de instalações de transporte está formando-se na Eurásia; e a China investiu um total de US$ 51,1 bilhões nos países do Cinturão e Rota do outono de 2013 a julho de 2016.

"As iniciativas da China têm implementado e complementado as metas do G20", disse o professor Yang Baoyun da Universidade de Thammasat da Tailândia.

PROTEGER INTERESSES DAS NAÇÕES EM DESENVOLVIMENTO

Um dos objetivos da China ao longo dos anos é intensificar o papel dos países em desenvolvimento na governança econômica global.

No G20, a China sempre comprometeu-se a apoiar os países em desenvolvimento, reduzindo disparidades de desenvolvimento e buscando crescimento global equilibrado.

Na cúpula de Brisbane em 2014, Xi Jinping disse que esforços devem ser feitos para aumentar a presença dos países em desenvolvimento e economias de mercado emergentes e lhes oferecer uma voz maior nos sistemas internacionais, assim como garantir a igualdade dos países diferentes na cooperação econômica global, em termos de direitos, oportunidades e normas.

Representantes de mais nações em desenvolvimento foram convidados para a Cúpula de Hangzhou, tornando a cúpula "a mais representativa dos países em desenvolvimento na história do G20", disse o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi numa coletiva de imprensa em maio.

A cúpula de 2016 também lançará uma iniciativa para apoiar a industrialização da África e os países menos desenvolvidos através do desenvolvimento da capacidade, investimento e desenvolvimento da infraestrutura.

"A China, um importante país em desenvolvimento e a segunda maior economia do mundo, serviu como uma ponte crítica conectando os membros desenvolvidos e em desenvolvimento do G20, um papel que qualquer outro país não pode ter prontamente", disse Yang.