Entrevista: China expande presença de nações em desenvolvimento na Cúpula do G20

Istambul, 24 ago (Xinhua) -- Os esforços da China de fazer a maior presença na história de representantes do mundo em desenvolvimento na próxima cúpula do Grupo dos Vinte (G20) são úteis para criar soluções "coletivas" para os problemas globais, disse um analista turco.

"Uma presença grande do mundo em desenvolvimento é muito importante", disse à Xinhua Altay Atli, pesquisador associado da unidade de Estudos Asiáticos do Centro de Política de Istambul.

"Os problemas do mundo são coletivos, afetando a todos nós, e por isso precisam de soluções coletivas", afirmou.

Um número recorde de países em desenvolvimento foi convidado para a Cúpula do G20, que acontecerá em 4 e 5 de setembro na cidade chinesa de Hangzhou, pois o objetivo da China é fazer com que a reunião busque uma economia mundial mais inclusiva.

"Em vez de ser o clube dos ricos, o G20 deve ser um facilitator para criar soluções para problemas globais reunindo representantes de partes diferentes do mundo", disse Atli.

Em sua opinião, ser país presidente do G20 é uma oportunidade para a China se posicionar como um envolvido "responsável e efetivo" na governança global.

O analista observou que, por ser a segunda maior economia do mundo, a China "certamente tem as capacidades necessárias" para desempenhar um papel dirigente na governança global.

"O G20 fornece a oportunidade para a China mostrar ao mundo que está disposta a desempenhar este papel", afirmou.

"Por isso tenho a expectativa de que após a Cúpula de Hangzhou, a China tenha status e influência elevada dentro do G20 e na governança global em geral", acrescentou.