Entrevista: Negociações de Líderes na reunião do G20 podem ajudar a lidar com questões globais: especialistas britânicos
LONDRES, 18 de Agosto (Xinhua) -- Enquanto líderes das maiores economias globais se preparam para partir para China na importante reunião do G20 no próximo mês, alguns importantes economistas britânicos dizem que as negociações dos líderes no fórum serão mais importante do que nunca ao direcionar questões globais relevantes.
Dra. Paola Subacchi, diretora do Departamento de Economia Internacional em Chatam House, o Instituto Real para Interesses Internacionais baseado em Londres, falou com a Xinhua em uma entrevista exclusiva sobre o papel crítico que terá a reunião em Hangzhou.
MENU AMPLO Subacchi, uma especialista no funcionamento e governança do sistema monetário financeiro internacional, disse que a reunião irá cobrir um menu amplo de questões, e funcionará como um fechamento de assuntos que se iniciaram no final do ano passado como parte do processo do G20.
A comunicação irá expressar comprometimentos à questões como financiamentos ecológicos e sustentabilidade energética, além da economia e seguridade, disse a especialista.
“Importante, o G20 na China em Setembro verá os líderes das maiores economias mundiais se unindo. Eles terão a oportunidade de falar ao redor da mesa, por dois dias, sobre questões mais relevantes. É um importante fórum para discutir itens que estão na agenda do G20”, ela disse.
Espera-se também que os líderes mundiais falem sobre o Brexit e o impacto da decisão do Reino Unido de sair da União Européia, e a eleição presidencial nos EUA, de acordo com Subacchi.
“Haverá também muitas tensões geopolíticas para discutir, como imigrações e migrações, a crise de refugiados e a tensões na Europa. Será um menu amplo”, ela notou.
“Acredito que será interessante ver se teremos uma decisiva virada para abarcar políticas de atividade fiscal e se raízes serão estabelecidas na criação de políticas econômicas”, disse a estudiosa.
NOVO CAPÍTULO PARA A GLOBALIZAÇÃO Em recente comentário, Alan Wheatley, associado em Economia Internacional na Chatham House, disse que o G20 deve buscar um novo capítulo para a globalização.
“Muitas pessoas estão se rebelando contra o livre fluxo de produtos, capitais e pessoas porque elas não se beneficiam dele. O G20 pode interromper esta tendência na reunião de Hangzhou, ao buscar esforços para compartilhar os frutos da globalização de forma mais equalitária”, ele disse.
Sobre comécio, Wheatley avisou que a opinião pública em muitos países se virou contra o livre comércio. “O G20 deve prevenir o mau humor em relação ao protecionismo. Governos devem garantir a não erradicação das barreiras de comécio, além de remédios aceitos, ou discriminações contra investimentos diretos estrangeiros”, ele comentou.
SEM SUBSTITUTO PARA O G20 Prof. Gary Cook, que comanda o Departamento de Economia da Universidade de Liverpool, concordou que líderes falando livremente longe dos microfones é um importante elemento do G20 na China.
“O G20 tem um útil papel, particularmente em casos de cooperação econômica e manutenção da confiaça.”
“Com o Brexit ainda há muita incerteza e nervosismo. O encontro dará uma visão estratégica de como isto é visto”.
“Não há substituto para o encontro dos líderes mundiais, como haverá na China. A situação econômica está cambaleante e há fragilidade na situação financeira em algumas partes do mundo”, ele disse.
O economista expressou esperança de ver o G20 promover a ideia de que “comécio livre é do interesse de todos.”
“Manter a paz global e ajudar a criar um acordo sensível com o Brexit é importante. O Reino Unido é importante globalmente na situação econômica, e é do interesse de todos alcançar uma conclusão satisfatória no futuro desta relação”, ele explicou.
“O importante legado da reunião na China será principalmente de segurança econômica e em seguida de segurança política. Estamos em tempos difíceis, e o que é necessário no G20 são discussões francas”, disse o professor.
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